9 de setembro de 2014



Consigo ouvir o barulho do vento que tenta perfurar as janelas e mostrar a sua força. Eu continuo no meu canto a admirar a sua força, a sua persistência diante os desafios. Admiro aquela força natural que não o faz desistir.
 Eu? Eu gostava de ser como ele. Gostava de ter a força e a garra do vento, para que em circunstâncias aparentemente impossíveis, não me apetecesse desistir mas sim lutar,  como se tudo fosse possível.
 Não encontro respostas para  esclarecer os meus problemas , talvez seja eu o meu grande problema. Talvez seja eu própria que crie demasiadas barreiras que me impedem de ser feliz. 
Tento sempre afastar-me dos problemas, mas eles aparece mais rápido do que eu própria imagino, ponho-me a pensar e talvez seja eu que os crie, talvez seja eu que complique coisas que deveria simplificar.
 Sinto-me como um pássaro acabado de nascer que caiu do ninho e não sabe o que fazer para permanecer neste mundo, talvez tenha de permanecer neste mundo cruel, criando barreiras a sua volta para não sofrer como sofreu. Mas tal como o vento ele tem de força e acreditar que tudo se vai resolver e não é um simples desafio que o vai fazer desistir.
 Talvez eu deva fazer o mesmo, continuar a lutar dia após dia. Ser como o vento, que mesmo sendo odiado nas noites geladas e chuvosas do inverno, ele não desiste e continua a mostrar a sua força.
 Na fase da vida em que me encontro eu não devia ser como o vento, eu devia ser como o pássaro e ser feliz, a minha felicidade devia florescer como as flores na primavera, devia tornar-me forte, mostrar quem realmente sou e esquecer todos os problemas que habitam na minha cabeça.
O vento e o pássaro são felizes juntos e nada influência a sua relação. Eu, vou continuar aqui no meu canto a espera que o vento seja meu amigo e que leve com ele todos os meus problemas antes de eu adormecer. 

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